Se
Aécio fosse eleito presidente1,
uma nova era se mostraria para os servidores públicos, bem distinta
da atual, passariam a lutar para preservar direitos2
e não para ampliá-los como ocorre hoje3.
De
fato, Aécio Neves em Minas Gerais, assumiu
em sua gestão mineira com propostas similares as que hoje apresenta
a sociedade brasileira,
com o mesma aparente franqueza. Fica claro que só aparente, quando
se analisa como foi sua gestão perante os servidores do Estado de
Minas Gerais, com seu chamado choque de gestão4.
Ele
propôs que os empregados tivessem salário variável, assim começou
quando assumiu Minas Gerais a quebrar
com os planos de Carreira,
dizia para “melhor premiar as produções, assim os servidores
ganhariam”.
O
enfrentamento e tratamento com os aposentados, no enxugamento das
despesas foi
uma das suas ações. Foi quando aposentadorias ditas como
“indevidas” foram desmascaradas, inclusive usando como pretextos
algumas concedidas por seus antecessores aliados ou do PSDB. Mas,
muitas retiradas injustamente. enquanto Aécio seguia seu mestre FHC
que chamara os aposentados de vagabundos. Muitos dos perseguidos
somente asseguraram suas aposentadoria depois de recorrerem ao Poder
Judiciário.
Por
outro lado, ele afirmou que os servidores teriam metas a serem
cumpridas, mas, ocultou que as
metas não seriam decididas democraticamente,
mas impostas por chefias, sem ouvir os servidores, os quais foram
submetidos a verdadeiro assédio
e de pressão pela maioria dos chefes e com um quase insuportável
sobretrabalho para a maioria, pois houve uma redução de quadros dos
servidores em segmentos importantes do Executivo.
Enquanto eram abafadas mais CPIs do que durante o regime militar5.
Charge de KleberMarquesDF |
Mas,
sem
uma real lógica de melhor atendimento à população,
ele reduziu
o número de Secretaria de Estado, sob o pretexto de economia.
Mas, muitos concluiram que era para ter maior controle do aparelho e
beneficiar segmentos privados, tanto que muitos cargos chaves no
Governo de Minas Gerais foram de uso nepotista, dado que indicou
parentes próximos6.
Agora se sente confortável para dizer que Dilma Rousseff tem muitos
ministérios7
e bastaria 19 ou menos. Sério?
Ademais,
setores estratégicos em favor do grande empresariado e do
latifúndio, além da publicidade governamental, tiveram prioridade
nos investimentos, segmentos mais próximos a Aécio. Enquanto os
segmentos sociais, principalmente educação, saúde e segurança
foram preteridos. Nos dois primeiros nem os mínimos constitucionais
foram cumpridos, em
saúde era investido 8%, o mínimo constitucional é de 12%,
como a inclusão esdrúxula de itens como saúde como vacina para
cavalo e saneamento. Além de paralisar obras prometidas para
população nos últimos 10 anos, como a de 8 hospitais que estão
abandonados em estado de deterioração. Em
educação, ao invés de investir 25% (mínimo constitucional) era só
investido até 18%.
Isto
teve como conseqüência a destruição de planos de cargos, os
professores
perderam o qüinqüênio por um adicional de produtividade, que
jamais pago para os servidores da educação, como denunciou a
presidenta do Sind-UTE
MG em 2013. E, ainda, não
cumpriu com o Piso Mínimo do Magistério, previsto na Lei nº
11.738/2008.
A herança de Aécio Neves, em 2011, era tal que Minas Gerais aludido
como o
pior piso salarial do magistério do País,
que era de R$ 369,00 para 24 horas de carga horária, enquanto o Piso
Nacional, era de R$
1.187, para jornada de 40 horas. (fonte IG, em 15/10/2011, por Cintia
Rodrigues).
Na
educação, havia programas para inglês ver, como o programa
Poupança
Jovem8,
que ele fala com empolgação, como uma vitrine de seu governo, que
prometeu adotar novamente no governo federal. Este programa somente
foi adotado em 9 cidades mineiras(1%
das cidades),
atingindo cerca de 10%
dos estudantes nestes municípios
considerados carentes. Ele fala como se toda Minas Gerais, 853
municípios ainda tivessem este programa. Para piorar, como constatou
a Folha S.Paulo, de 26/08/2014, prometia que os repasses seriam
entregues no final do ensino médio (não durante), desde que os
“beneficiados” cumprissem requisitos de freqüência, atitude e
atividades comunitárias. Mas, observa a Folha “Em
Minas, o repasse demora até um ano após a conclusão do Ensino
Médio”.
No
curso técnico,
também, programa de vitrine e não de extensão grande, atendia um
número
irrisório e as escolas
eram baseadas em espaços alugados,
não criava uma estrutura estatal permanente.
Na
segurança pública9,
não só Aécio, como seu sucessor, provocaram um verdadeiro escárnio
de desprezo, basta dizer que dos policiais e bombeiros militares,
foram
admitidos de 2001 a 2013, 19 mil militares, mas 22 mil aposentaram ou
saíram do quadro.
Hoje, ainda, na
policia civil, falta muito: policiais, agentes e escrivães. E o que
é pior, falta verba até para uso de telefone, material e
combustível.
Tem prefeito que repassa verbas para a manutenção da força
militar, sob uma cobrança inadmissível, de fazer vista grossa para
alguns bandidos, como foi denunciado na Assembléia Legislativa de
Minas Gerais. Por exemplo, um prefeito tem um parente delinqüente,
cobra que este não seja preso. Resultado: hoje
um servidor militar (PM ou Bombeiro) ou policial civil trabalha por
5, e, ganha por meio.
Foi
criada uma taxa
incêndio que, dizia o Aécio Governador,
seria destinada a assegurar a instalação dos bombeiros em todos os
municípios de Minas Gerais, mas, na realidade, os quartéis
somente estão instalados em menos de 10% dos municípios(só em 63
cidades).
E, taxa bombeiro, é uma incógnita: onde foram parar seus recursos?
Aos bombeiros são impostos trabalhos de ás vezes irem a município
atingido por incêndio e só encontrarem cinzas, como observou o
deputado Cabo Júlio.
Sobre
os concursos
para servidores
escassos,
procure ver os editais, raros até hoje, pois a proposta de
enxugamento da máquina, para ter controle sobre a gestão numa
hierarquia obtusa e autoritária, impede o diálogo com os servidores
e com os usuários dos serviços públicos.
Uma
realidade até de fracasso
econômico10,
que, durante o governo Aécio, pôde ser mascarada, mas, felizmente,
com o tempo desnudada, pois era inicialmente difícil de notar11.
Dado que ele mantinha com vultosos investimentos na publicidade
governamental12
e inclusive nos repasse para os meios de comunicação de outros
estados da Federação e para empresa de seus familiares, como
empresas Neves. Era
uma política de comunicação de centenas de milhões centrada em
construir uma imagem para o Governador Aécio.
E, em termos de gastos, se se considerar seu sucessor bilionária. E
que retirou recursos que poderiam ser destinados para segmentos
vitais do Estado.
Soma-se
a isto as pesquisas eram encomendadas por pessoas, empresas ou
instituições próximas ao seu governo ou pelo próprio esquema do
Aécio Neves.
Tudo por uma imagem artificial charge de Kleber Marques DF |
Pari
passu, ocorria
havia uma pressão aos meios de comunicação e comunicadores que
fosse, ainda que minimamente alertadores das mazelas existentes no
interior da máquina administrativa e nas políticas. Num
arquitetado amortecimento do espírito crítico da população.
Conjunto
de ações que explicam a sua “aprovação” em 92% e, hoje, com
os olhos críticos, com certeza, mais realistas e acordados dos
mineiros não lhe dariam tal aprovação.
mas, hoje, em Minas servidores locais, inclusive os professores, não
tem desejo de ver Aécio Presidente. Tem a alternativa que é
#QueroDilmaTreze.
AÉCIO
X BRASÍLIA - AÉCIO X BRASÍLIA - Pelo que vimos, é possível prever a situação dos servidores federais, caso ocorresse a malfada a eleição de Aécio e este repetisse sua perfomance em nível federal.Haveria redução dos quadros na Esplanada dos Ministérios, com desemprego. Não seriam atingidos somente os servidores comissionados. Os servidores de carreira - além de perda de direitos, tiveram suas atribuições concentradas e elevadas, com um sobretrabalho estafante. Os concursos para novos servidores, cancelados e escassos. Haveria certamente a perda de muitos direitos dos servidores por uma questionada “meritocracia”.
Os reflexos na economia do DF e no setor público serão maiores: redução do mercado é patente e repetição de políticas federais no GDF. Perderiam consumidores demitidos. Impacto que refletiria nos índices de produção, distribuição e consumo. Logo, mais desemprego também no setor privado e haveria concorrência por emprego no maior no setor privado e possível queda do salário por excesso de procura de emprego e mais arrocho salarial, por diminuição do poder de barganha dos sindicatos e empregados.
E é certo, também, que muitos empresários que querem o voto em Aécio teriam razões para arrependidos decretar sua falência dentro de alguns meses.
Se não quer ver isto, faça como Minas Gerais em grande parcela, opte por #QueroDilmaTreze.
BLOG: brasíliapetista.blogspot.com.br
1
Eis que recentes pesquisas indicam que, para o bem do Brasil, Dilma
Rousseff cresce no índice de preferência popular.
2
Recomendamos também a leitura da matéria : Por que Aécio Perdeu
em Minas: os desasttrosos governos de 2003-2014., que se encontra no
seguinte endereço:
http://brasiliapetista.blogspot.com.br/2014/10/por-que-aecio-perdeu-em-minas-gerais-os.html
3
O projeto defendido por Aécio Neves é o neoliberalismo que se
caracteriza por uma perseguição brutal aos direitos sociais e
defesa sem trégua ao interesses e anseios do grande capital
nacional e, principalmente, internacional, com submissão aos
organismos internacionais e aos grandes monopólicos capitalistas.
4
Uma política que segue até
hoje, coloca Minas Gerais como a pior geradora de empregos do País,
nos anos de 2004 a 2013.
5
A propósito, Interessante a leitura da entrevista de Rogério
Correia: Se tudo for
investigado., ele acaba preso. Ele é Aécio Neves Matéria
que pode ser acessada na internet.
6
Vide aqui a denúncia dos parentes:
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/07/aecio-usa-lei-para-contratar-parentes-no-governo-de-mg-6376.html
7
Os diversos ministérios de Dilma Rousseff, como
esta já justificou, têm sua razão de ser não melhoria do
atendimento da população e da economia com políticas mais diretas
e eficazes. E, Paul Singer, Estes
ministérios
estão mudando a cara do Brasil.Isto não é farra.Dá base para se
tratar os diversos setores com dignidade. Aécio mascara e nega
dizer quais são os ministérios que quer suprimir, pois mostraria
sua verdadeira face neoliberal até na montagem da estrutura do
Estado.
8
Art. de Paulo Peixoto sob o título “Benefício para estudantes
criado por Aecio só atinge !% das cidades de MG Folha de S. Paulo
26/08/2014. Endereço Eletrônico.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/08/1505799-beneficio-para-estudantes-criado-por-aecio-so-atinge-1-das-cidades-de-mg.shtml
9
o Deputado Cabo Julio, recém reeleito, em 07 de maio de 2014,
proferiu um discurso que retrata bem a trágica situação da
Segurança Pública em Minas Gerais, que pode ser lido no seguinte
endereço eletrônico:
http://www.almg.gov.br/consulte/pronunciamentos/detalhe.html?id=34734#texto
10
Durante o período de Aécio Governador, a economia de Minas Gerais
– apesar de algumas
maquiagens contábeis – foi a sexta pior variação do PIB
Nacional. Um período em que o desenvolvimento de Minas Gerais
esteve abaixo da média nacional. Ademais, teve o ano
de 2009 em que a economia sofreu uma recessão, com o PIB caindo
até 4% negativo, deixando em polvorosa principalmente os segmentos
médios da economia.
11
O deputado Savio Souza Cruz, em recente pronunciamento, desnuda a
crise econômica e perdas de posições que os governos do PSDB
colocam a economia mineira, com uma renda
http://www.almg.gov.br/consulte/pronunciamentos/detalhe.html?id=34552#texto
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