domingo, 17 de novembro de 2013

AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PED 2013, da Direção Nacional da Articulação de Esquerda

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A seguir avaliação preliminar da Direção Nacional da Articulação de Esquerda, que compunham a chapa “A Esperança é Vermelha”, sobre o processo de eleições diretas do PT – PED 2013.
1.A direção nacional da Articulação de Esquerda reuniu-se, nos dias 12 e 13 de novembro, para fazer uma avaliação do Processo de Eleições Diretas das direções do Partido dos Trabalhadores.
2.Trata-se de uma avaliação preliminar: os resultados finais acabam de ser divulgados, cabendo uma análise detalhada no âmbito municipal, estadual e nacional; e também porque o PED não acabou, uma vez que há segundo turno para a presidência do Partido em vários estados e municípios.
3.É o caso do Rio Grande do Sul, onde estamos comprometidos com a vitória do presidente Ary Vanazzi. É o caso de Pernambuco, onde estamos comprometidos com a vitória do presidente Bruno Ribeiro. É o caso de Vitória-ES (Max Dias), Três Lagoas-MS (Antonio Carlos Modesto) e São Gonçalo-RJ (Almir Barbio). É o caso, também, de Sergipe, onde a direção estadual da AE decidirá nos próximos dias nossa posição frente ao segundo turno disputado por dois candidatos da CNB.
4.Há, também, outros casos onde candidatos nossos, candidatos apoiados por nós no primeiro turno, ou candidatos com que disputamos enfrentam o segundo turno (é o caso de Palmas-TO).
5.A direção nacional da Articulação de Esquerda coloca-se à disposição para ajudar as respectivas direções estaduais e municipais, tanto na deliberação quanto na campanha propriamente dita.
6. Nos locais onde o processo eleitoral já encerrou, as direções municipais e estaduais devem convocar reuniões de avaliação, produzir balanços por escrito e fazer circular estes balanços na lista eletrônica nacional da AE.
7.Concluído o segundo turno, no dia 24 de novembro, e finalizada a totalização dos votos do primeiro turno, a direção nacional da AE realizará nova reunião para fazer um balanço completo do processo de eleições diretas das direções petistas, balanço que será publicado na edição de dezembro do jornal Página 13.
8. Sem prejuízo do que será tratado em nossa próxima reunião, a direção nacional realizou desde já um balanço preliminar do primeiro turno do PED.
9.Do ponto de vista político, e considerando fundamentalmente o resultado nacional, a conclusão principal é que a maioria dos votantes não optou pelas chapas e candidaturas que defendiam mudanças na estratégia, na tática e no padrão de funcionamento do PT.
10. Esta opção conservadora e continuísta que predominou no PED poderá ter implicações graves sobre o futuro próximo e mediato do PT e da luta política no Brasil. Isto porque a situação política exige não apenas ousadia e renovação, mas principalmente outra orientação política e outra conduta organizativa.
11. Não foi esta, entretanto, a opção da maioria dos que votaram. Não apenas os filiados-eleitores, mas inclusive parcela majoritária dos militantes do PT segue apostando, conscientemente ou por simples inércia, na política de centro-esquerda. Apesar de parcelas crescentes reconhecerem os limites desta política e o acúmulo de problemas, não quiseram tirar as consequências disto na hora de votar nas chapas e candidaturas.
12. Aliás, é preciso dizer que a maioria dos que votaram no PED não quis levar em devida conta o recado que as ruas nos deram em junho de 2013, em mobilizações que podem voltar a ocorrer, dado que certas condições objetivas e subjetivas seguem presentes; não considerou adequadamente o cenário de dificuldades econômicas e a mudança de postura por parte do grande capital frente ao nosso governo; segue acreditando que o cenário de 2014 está mais para vitória no primeiro turno, do que para um segundo turno acirradíssimo; e não dimensiona corretamente o grau de desgaste do PT junto à diversos setores da população, com destaque para a juventude, inclusive a juventude trabalhadora. Onde há segundo turno na eleição da presidência do Partido, estes temas continuam presentes no debate e lutaremos pela vitória de candidaturas que tenham compreensão deste conjunto de desafios.
13. Não basta, contudo, criticar a maioria, seu gosto pelo aparato em detrimento da política, a tendência à pulverização despolitizada de chapas vinculadas ao grupo majoritário, a incapacidade de evitar a “tragédia anunciada” que foi a organização do PED. É preciso também reconhecer, de maneira autocrítica, as debilidades do conjunto de tendências, chapas e candidaturas que propunham mudanças na política e no comportamento do Partido.
14. Embora este tópico vá ser mais desenvolvido no documento de balanço que apresentaremos após o segundo turno, podemos antecipar o seguinte: desde 2005, a chamada esquerda do PT vem sofrendo um processo de divisão e redução de sua influência, que somadas a dificuldades políticas mais gerais, bem como ao processo de burocratização e degeneração da vida interna partidária, criam enormes obstáculos para que a minoria de esquerda possa voltar a ser maioria. Assim, uma de nossas tarefas é recompor a esquerda petista, para que volte a existir a possibilidade de a minoria virar maioria. Deste ponto de vista, nossa principal conquista no PED 2013, em âmbito nacional, foi termos conseguido resistir e impedir o aniquilamento que se anunciava quando houve a cotização artificial de dezenas, talvez centenas de milhares de filiados.
15. Do ponto de vista organizativo, o PED 2013 foi pior do que todos os anteriores. Podemos dizer que há um amplo consenso sobre isto dentro do Partido. O problema é que esta avaliação comum parte de posições muito distintas e até opostas. Por um lado estão os que, como nós, defendemos que o processo de eleição das direções partidárias seja feito através de encontros partidários. Por outro lado, estão os que defendem “qualificar” o PED, por meio de adoção de regras que reduzam o peso dos filiados-eleitores e ampliem o peso dos militantes, na linha do que foi aprovado no IV Congresso do Partido e posteriormente flexibilizado ou até mesmo revogado pelo Diretório Nacional. Finalmente, há os que querem flexibilizar ainda mais as regras, secundarizando a participação ativa, a formação política, o autofinanciamento, os debates, etc. reforçando assim a influência dos filiados-eleitores em detrimento dos militantes.
16. Em termos objetivos, o número de filiados que participou do PED 2013 foi inferior ao PED 2009. Em 2009 votaram 518.192 filiados e filiadas. Em 2013, votaram 425.604 petistas.
17. Dos mais de 1 milhão e 700 mil filiados petistas, foram pagas as cotizações de 809 mil. Destes que cotizaram (ou foram cotizados), 387.837 filiados não compareceram para votar, deixando clara a alta dose de artificialidade e a influência do poder econômico presentes no processo de filiação e cotização. A artificialidade foi tamanha que só restou, a um dos responsáveis pela organização do PED, ter um surto de “amnésia” para tentar explicar o grande número de cotizados ausentes: “O voto hoje é mais criterioso, as pessoas precisam passar por atividade partidária, tem que efetuar contribuição financeira. É um processo muito mais complexo. No PT, não é só voto. As pessoas têm que participar efetivamente do processo”, disse o dirigente citado, numa coletiva à imprensa.
18. Somando os que votaram nulo (10.343) ou branco (36.317), com os que estavam cotizados mas não compareceram (387.837), temos 434.497 filiados, número maior do que os dos 421.507 que votaram em alguma chapa. É preciso analisar cuidadosamente os motivos pelos quais tantos filiados votaram em branco ou nulo para presidente e chapas nacionais. Assim como é necessário compreender por quais motivos a “abstenção de cotizados” variou, de cidade para cidade, de estado para estado.
19. A quebra na votação pode ser ilustrada pelo resultado presidencial: em 2009 José Eduardo Dutra ganhou no primeiro turno com 58% e 274 mil votos. Rui Falcão foi eleito, agora, com 69,5% mas com 268 mil votos.
20. A maioria dos que votaram não participou de nenhum debate, tampouco teve acesso ao jornal com as posições das chapas e candidaturas nacionais. Setores do PT trabalharam para esvaziar e esterilizar a discussão. Em alguns estados, como São Paulo, não ocorreu nenhum debate nacional. Mesmo onde o debate ocorreu, sua profundidade foi inferior ao necessário. A falta de debates contribuiu para a impressão, forte em muitos setores do Partido, de que o PED não ajudou a qualificar nossas direções partidárias.
21. Apesar do enorme esforço político e material, o resultado final do PED nacional não provocou alterações significativas na composição do Diretório e da Comissão Executiva Nacional do PT. Exemplo disto: em 2013 as chapas que apoiam Rui Falcão receberam 69% dos votos; em 2009, os mesmos setores obtiveram 70%.
22. Claro que para os setores minoritários, um pequeno deslocamento pode ser a diferença entre estar ou não na direção do PT. A Articulação de Esquerda passou por esta prova. Conseguimos sair do PED 2013 com a mesma presença na direção nacional do PT que obtivemos em 2009: 4 integrantes no DN e 1 na CEN. Ademais, tivemos resultados nas eleições estaduais e municipais que expressam nosso enraizamento na classe trabalhadora, nos movimentos sociais, na institucionalidade, no debate de idéias e no Partido. Nosso resultado global, obtido contra todo tipo de pressão externa e debilidades internas, foi produto em parte da quebra na votação geral, mas também de nossa ação, inclusive de uma correta decisão política de priorizar, durante o PED, o debate político-programático. Assim, sem prejuízo da necessária autocrítica de nossos erros e debilidades, saímos deste PED com moral alta e sentimento de dever cumprido.
23. Para nos representar no próximo Diretório Nacional, apresentamos como titulares os seguintes companheiros e companheiras: Bruno Elias, secretário executivo do Conselho Nacional de Juventude do Governo Federal; Jandyra Uehara, da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores; Adriano Oliveira, secretário de formação política do PT-RS; Rosana Ramos, da atual Comissão de Ética Nacional do PT.
24. Nossa chapa indica como suplentes: Valter Pomar, dirigente nacional do PT; Iriny Lopes, deputada federal PT-ES; Jonatas Moreth, da executiva nacional da juventude do PT; Ana Affonso, deputada estadual PT-RS; Rubens Alves, dirigente nacional do PT; Ana Lucia, deputada estadual PT-SE; Mucio Magalhaes, dirigente nacional do PT; Adriele Manjabosco, diretora da UNE.
25. Para nos representar na Comissão Executiva Nacional, a chapa “A Esperança é Vermelha” indica o companheiro Bruno Elias, um jovem com experiência nos movimentos sociais, no governo e no Partido. Alguém à altura da tarefa política e afinado com a necessidade de renovação, que vem sendo vocalizada (mas não praticada) por diversos líderes partidários.
26. Propomos que o companheiro Bruno Elias assuma a Secretaria Nacional de Movimentos Populares. Estamos seguros de que ele terá, a frente desta secretaria, o mesmo compromisso partidário demonstrado em outras tarefas, compromisso também demonstrado por representantes de nossa tendência, no período recente, a frente das tarefas de formação politica e relações internacionais. As companheiras Jandyra Uehara e Rosana Ramos estão encarregadas de todas as conversas e negociações relativas à composição da nova CEN.
27. A direção nacional da AE concluiu sua avaliação preliminar do PED, fazendo um reconhecimento e um agradecimento aos filiados e filiadas petistas que confiaram em nós, à militância que fez nossas campanhas, aos que foram candidatos e candidatas à direção e presidência.
28. Seja onde o resultado foi expressivo, seja onde foi modesto, fizemos uma campanha politicamente clara, defendendo mudanças profundas na estratégia, na tática e no funcionamento do PT. Nas redes sociais, nos destacamos por uma campanha ágil, criativa e bonita, que ajudou a quebrar o silêncio da mídia acerca do PED. Disputamos o PED da forma como sempre deveria ser, oferecendo nossas ideias e nossa disposição militante. E seguimos na luta por um PT democrático-popular e socialista, com muita esperança vermelha e sem medo de ser feliz.
A direção nacional da Articulação de Esquerda
13 de novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

OBRIGADO PELO VOTO NO RESGATE PETISTA

CHAPA RESGATE PETISTA DO PED 2013 E 
SEU CANDIDATO A PRESIDENTE AGRADECEM OS VOTOS
.         Nós, integrantes da chapa RESGATE PETISTA, inclusive o nosso candidato a presidente do PT, o qual não foi eleito Presidente por 9 votos de diferença, vimos a público agradecer a confiança e voto que tornou esta chapa a mais votada em nossa zonal.
.      Nosso ideário é continuar na teoria e prática com a construção mais sólida do nosso Partido Zonal, dado inclusive que suas comissões e secretarias não funcionam efetivamente como deviam e elevar o debate político das grandes questões locais e nacionais no interior do PT e com a sociedade, principalmente com as classes populares.
.        Neste sentido, pretendemos, já na gestão do Presidente eleito Jeová Cândido Neres, dedicar todos os nossos esforços para o sucesso deste Diretório, do qual contamos com aproximadamente 46% dos membros. O que sem dúvida dará uma nova qualidade ao Diretório da 11ª Zona Eleitoral (Sudoeste, Cruzeiro, Octogonal e SMU).
.      Temos um programa dialeticamente preciso de ação e realizações para o Partido dos Trabalhadores de nossa Zonal, pretendemos contribuir com que o Partido deixe de possuir um caráter internista, deslocado da militância e da sociedade, saia da inércia que se encontra e seja independente em relação aos interesses de aliados de outros partidos e de grupos internos.
.   Neste sentido, defendemos também uma gestão descentralizada, onde inclusive, sob a coordenação unificada do Diretório, haja abertura para toda a militância em plenárias, sugestões e em deliberações, na elaboração e implementação democrática de um planejamento participativo e estratégico partidário.
.        Apesar de não termos conquistado todos os objetivos, continuaremos a luta por um PT efetivamente da classe trabalhadora, democrático, organizado, cujas atitudes sejam eticamente ilibadas e voltadas para a construção de uma sociedade sem explorados e sem exploradores, resgatando assim a proposta do PT.
.        Valorizamos, portanto, os votos que recebemos, pois eles representam uma prova de que nossa proposta de resgate petista possui um significativo apoio e militantes desejosos e desejosos de um novo rumo para o nosso Partido.
OBRIGADO!




Erika Kokay fala sobre o PED 2013

Companheiras e companheiros,
É com alegria no coração que, findo o Processo de Eleição Direta – PED, venho agradecer a cada um(a) do(a)s 1.820 companheiro(a)s que votaram em mim, no último domingo. Diante da poderosa máquina política mobilizada para nos derrotar, que não teve escrúpulo em usar a estrutura de governo para cooptar votos, constranger e intimidar a militância, os 31,2% dos votos obtidos foram um bom resultado.
Nesses quase sessenta dias de campanha, tive o privilégio de ir a todas as cidades do DF dialogar com a militância, apresentar minhas propostas e, de forma transparente, apontar os equívocos dos atuais dirigentes do PT, que têm contribuído para o seu completo esvaziamento como instância de discussão entre o governo e a sociedade. Participei de todos os debates, mesmo enfrentando “claques”, organizadas por setores do GDF, que, mediante a odiosa prática do assédio moral, frequentemente obrigavam comissionados a esse papel indigno. Praticaram assédio moral inclusive na hora da votação.
Sob esse aspecto, é necessário reconhecer que este PED foi um processo viciado desde o início. Houve uma intensa articulação por setores do GDF no sentido de escolher o candidato, definir os aliados e recorrer a métodos patrimonialistas e coronelescos de operar a máquina em favor do atual presidente. Tudo isso com o objetivo de manter o PT-DF num papel subalterno, de mero coadjuvante, que cumpre apenas a triste função de legitimar os projetos políticos e ambições pessoais de um “seleto” grupo de dirigentes.
Francamente, não é este o PT que ajudamos a construir. O PT surgiu para libertar e não para aprisionar. Surgiu para radicalizar na democracia e não para subjugar quem se opõe às práticas exercidas por sua direção. Nosso Partido foi forjado nas lutas populares e não na burocracia do Estado e da máquina partidária. Por isso mesmo, penso que é importante aproveitar este momento para fazer uma profunda reflexão junto à nossa militância a respeito de alguns acontecimentos observados neste PED.
É necessário avaliar, por exemplo, por que tivemos a mais baixa freqüência de eleitores desde a implantação do PED, em 2001. Votaram, no último domingo, apenas 6.891 filiados. Isso significa apenas 49,2% daqueles que estavam aptos a votar (14.000) e 14,4% do total de filiados (48.000). Pior ainda: o presidente eleito obteve apenas 3.656 votos, o que significa 26% dos aptos a votar e pouco mais de 7% do universo de filiados. O menor percentual na eleição de um presidente do PT no Distrito Federal! Esses números preocupam muito, pois mostram que a imensa maioria dos petistas não tem interesse em participar da vida orgânica do PT e está desmotivada para exercer a sua militância.
 Os números refletem também a incapacidade da atual direção de, nos últimos quatro anos, estimular o debate político, fazer as necessárias críticas (e autocríticas), formular propostas e intervir no diálogo do partido com o governo e com a sociedade. A (re)eleição de dirigentes com baixa representatividade, que não tenham compromisso com o fortalecimento do partido, mas apenas com os seus projetos e interesses pessoais, irá contribuir para agravar ainda mais a situação antes descrita. 
Essa ameaça fica mais evidente quando se considera a inacreditável desorganização demonstrada pelo diretório local do PT em conduzir um processo dessa magnitude, a começar pelo completo e deliberado desrespeito às decisões do IV Congresso Extraordinário do PT, que definiu regras claras sobre filiações, formação política e finanças. De “jeitinho” em “jeitinho”, atingimos o caos neste último domingo, quando centenas de filiados com suas contribuições em dia não tiveram assegurado seu direito de votar.
Mas o Partido dos Trabalhadores é muito maior do que a sua presidência. O PT é feito de homens e mulheres de coragem de coragem e de luta. Este é o seu maior patrimônio, que é um patrimônio da classe trabalhadora e não temos o direito de desistir deste projeto. Pelo contrário, devemos nos organizar para disputá-lo, trazê-lo para a esquerda, assegurar seu funcionamento orgânico, resgatar os seus valores, ampliar os seus vínculos com os movimentos sociais e transformá-lo em um espaço vivo de reflexão e permanente formulação de propostas para a construção de uma sociedade livre da exclusão social, da discriminação e do preconceito, em qualquer de suas formas. Precisamos reencantar a militância para que, em 2014, possa sair às ruas com a alegria e a garra que sempre a caracterizaram e, assim, garantirmos a reeleição da presidenta Dilma e do governador Agnelo Queiroz.
Muito obrigada pelo seu voto e seu apoio.
Um abraço fraterno.
Erika Kokay - Deputada Federal e militante do PT

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CÉDULA DE VOTAÇÃO DO PT DF PARA O PED 2013

11ª ZONAL
CRUZEIRO, OCTOGONAL,SUDOESTE E SMU
(EXEMPLO DO ANVERSO)

clique na imagem para ampliar

domingo, 3 de novembro de 2013

CRUZEIRO: 2012 OBRAS DA ADM. REGIONAL

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Via Flickr:
Aqui estão algumas das obras realizadas na gestão de Antônio Sabino no ano de 2012. O modo petista de governar.
SE QUISER VER ESTAS OBRAS EM IMAGENS MAIORES CLIQUE NO LINK ABAIXO;
http://www.flickr.com/photos/9185748@N02/sets/72157637272366245/show/

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

COMO A REDE SUSTENTABILIDADE CAIU NA REDE DO PSB E NA VALA COMUM DOS PARTIDOS CONSERVADORES


                A proposta inicial da criação da Rede Sustentabilidade era de criar uma legenda bem distinta dos demais partidos políticos, que tivesse o compromisso com a ambiental-social num contexto de alternativa à realidade do país,  que fosse profundamente democrática.
                Para explicar sua proposta, Marina Silva, como porta-voz de um grupo de pessoas, declarou que criaria um partido que seria alternativo aos que estão aí. Nem nome de partido usaria, mas sim de Rede Sustentabilidade.
                No seu discurso de filiação ao PSB e na entrevista coletiva, o EU predominou. Uma caudilha tomando decisões. Decisões que enterram a Rede Sustentabilidade como alternativa.
                De fato, como ela disse que não queria ser Madre Tereza de Calcutá, resolveu entrar para o PSB, partido que é conhecido por seu conteúdo conservador e de grandes empresários do Partido da Terra, do chamado grupo ruralista (que na realidade é contra a democratização da produção e da propriedade no campo), do qual 36% votaram contra o Código Florestal.
                Já sabia que ela nunca teria vocação para ser Madre Tereza de Calcutá, pois Marina Silva é evangélica, submissa a seu pastor pentecostal. Jamais, portanto, teria a abnegação de uma irmã Teresa de Calcutá; pois Marina Silva é imediatista e centralizadora, tomaria uma decisão de cima para baixo, similar a de caudilhos.
                Agora, dizer que o entrave existente na legislação que forçou isto, é tentativa de achar um culpado pela própria incapacidade de seus pares. É não ser sincera e nem respeitar a legalidade.
                Por outro lado, foi para a legenda que tinha justamente os inimigos do PT, como Bornhausen, Caiado e Heráclito Forte e o, então, decadente e vacilante Campos (neto de Arraes, mas bem distinto deste).
                Se a Rede Sustentabilidade de Sustentabilidade esperasse até 2016 para participar das eleições municipais, poderia ser uma grande alternativa, mas preferiu cair no lugar comum das alianças amplas e de fortalecer propostas em certo ponto conservadoras no contexto político brasileiro.
                E, para piorar, é só ouvir o discurso de filiação ao PSB, para ver que a decisão foi solitária e imposta aos seus pares, um caudilhismo que pode rumar fácil para o fracasso total ou então para ficar na vala comum dos partidos conservadores. Ela decidiu só, impôs a direção e a direção à base, nem o Comitê Central ou algo similar participou da decisão. E ainda tem a cara de pau de acusar um chavismo no PT, e, que seria na rede, verticalismo hitleriano.
                Estranhamente, o verticalismo tem tamanha força na Rede Sustentabilidade que até o histórico Alfredo Sirkis, uma das mentes mais claras da Rede Sustentabilidade, se submeteu a ele.
                A mim ela nunca enganou, com sua visão “ecológica”, de certo modo messiânica, com submissão a uma imposição arcaica de pastores, cuja postura na questão de direitos humanos nunca será avançada. Ela mesma não aponta efetivamente para uma transformação social e econômica. Mas é sim impositiva com visão similar dos políticos da época que foi necessária e histórica a intervenção do Marques de Pombal.  
                Sem argumentos para justificar sua inflexão e abandono da autenticidade da Rede Sustentabilidade, ela passa ao ataque ao PT, dando a entender que a culpa de sua incompetência vem do Governo, quando na realidade, nem quando ela era Senadora, formulou proposta para democratizar mais o quadro eleitoral político brasileiro.
                Por outro lado, quem saiu ganhando com esta aliança?
                Eduardo Campos, mesmo dentro do PSB, quando perdia aliados para a campanha e caia nas pesquisas, com fracionamentos diversos do PSB, debandada de muitos,  enfraquecimento que recebe uma sobrevida com a opção de Marina Silva ir apoiar a candidatura de Campos. Com certeza, Eduardo Campos, que era desconhecido da maior parcela do eleitorado de Marina Silva e poderá ganhar algumas mentes e votos, principalmente entre os menos politizados e de forma duradoura.
                Ademais, o ganho  reduzira se houver a não difícil clareza popular sobre a contradição vigente no interior do PSB hoje, onde consta de ruralistas contra a luta ecológica e militantes ecológicos, defensores da democracia e banqueiro e latifundiários da extrema-direita, trabalhadores e grandes empresários.            Pode até aparentar,  para os menos reflexivos e no discurso da direta,  uma terceira via, mas não  é isto.
                Mas, este ganho não está assegurado e nem mesmo a candidatura de Eduardo Campos, pois membros da base da Rede Sustentabilidade divulgam na internet uma rasteira em Eduardo Campos; querem Marina Silva como candidata à Presidência e não Vice.
                Soma-se a esta campanha, o fato notório para quem assistiu o discurso de Marina Silva, ao declarar, em tom de palanque eleitoral, apoio à candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, estava fazendo claramente campanha fora de época, queimando a candidatura emergente do governador pernambucano.  O que pensava ela com este gesto?  Onde estará o Ministério Público Eleitoral?
                 Com aliança Marina Silva / PSB,  quem sofre mais abalos, sem dúvida, é o Aécio Neves e a extrema direita, que queriam trazer Marina Silva ou para suas hostes ou para o amorfo e cada vez mais conservador PPS. E agora, poderão perder terreno com a polarização Eduardo Campos/Marina Silva com Dilma Rousseff/Lula.
                 A inflexão da Rede Sustentabilidade à direita foi grande; não foi toda agora poderá ocorrer ainda mais, no jogo eleitoral, dado que se noticia uma aliança entre Aécio Neves e Eduardo Campos para contrapor com Dilma Rousseff, uma aliança de não agressão mais à direita do que aquela que concebia a Rede Sustentabilidade quando se curvou à imposição de sua chefa caudilhista.
              Ora, de fato, como fazer uma política progressista sem atacar os desvios de direita na proposta do PSDB, PPS e seus sequazes, um rebaixamento da campanha como nunca se esperou neste pais de um partido (ou rede)progressista.
               Mas, caso persista a candidatura de Eduardo Campos, os mais politizados da Rede Sustentabilidade, principalmente aqueles que tiveram garra de buscar apoios para a criação da nova legenda, poderão sair do barco furado, o mesmo ocorrendo com aqueles mais despolitizados, fracionado mais ainda o projeto da Rede Sustentabilidade como alternativa política na cena política brasileira.  Abrirá, assim, espaço para um crescimento da candidatura de Dilma Rousseff, que terá o apoio já declarado de Lula e da aguerrida militância petista.
                ENFIM, o golpe de misericórdia da inviabilidade de uma alternativa política transformada com a sigla Rede Sustentabilidade morreria na semana passada, quando Marina Silva fez a opção pelo PSB, quando constatou a incompetência que seus seguidores tiveram em criar a nova legenda, talvez muitos deles preocupados mais em ofender até moralmente petista e à presidenta Dilma Rousseff do que construir a Rede Sustentabilidade, como aqueles que estiveram nas manifestações de junho formando fila com a direita fascista e impedindo a manifestação dos partidos de esquerda. E, sem sinceridade, Marina tenta culpar o PT pela não existência da legenda e joga como qualquer político de direita pragmático.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

DILMA GANHARIA NO SEGUNDO TURNO DE QUALQUER DOS OUTROS CANDIDATOS, MAIS DE 67% QUEREM PLEBISCITO E O PT É O PARTIDO MAIS DESEJADO PARA 2015. Pesquisa CNT/MDA de julho de 2013.

O QUE A MÍDIA OCULTA NA PESQUISA DIVULGADA ONTEM, 
DIA 16 DE JULHO DE 2013. NÚMERO 01
A MIDIA ESCONDE OS DADOS FAVORÁVEIS À DILMA E AO PT
COMO SE MANIPULA AS ESTATÍSTICAS

.          A Mídia brasileira, com estardalhaço, divulgou a as pesquisas de opinião da Pesquisa CNT/MDApesquisa. Apresentou dados desfavoráveis a Dilma.

.           Mas, ocultou dados relevantes, como a de que, na votação espontânea para Presidente, tanto Lula, como Dilma, ficam com quase o dobro dos adversários, e, se considerado os votos nos dois (Dilma e Lula), dos votos em candidatos, a dupla fica com quase 60% dos votos.
.         Ocultou também que, com qualquer candidato, Dilma venceria no segundo turno e que um turno entre Aécio e Campos, poderia haver quase equilíbrios entre os votos nulos e os votos nos candidatos.
.        Ocultou ainda que Dilma possui o maior percentual de candidatos fieis, que só votaria nela, 20,5%, enquanto os demais ficam bem abaixo Marina 9,5%, Aécio 5,9% e Campos 2,8%.
.           A avaliação de Dilma apresentada como sendo de 31,3% positiva e ocultada de que houve 38,7% que a consideram regular e somente 29,5% como negativo. Não somaram 31,3 como 38,7% que representa 70% que não a consideram negativo.
.       Não abordaram também o fato de que os prefeitos, deputados, senadores e governadores tiveram avaliações próximas ou piores a de Dilma.
.            Por outro lado, quanto a Educação e Saúde houve um crescimento da expectiva que irão melhorar. 
.         Somente 15,9% disseram que a manifestações foram contra a presidente, mas 49,7% disseram que foram contra os políticos em geral, 21,0 contra o sistema político.
.         Quanto às reivindicações consideram mais importante Fim da corrupção, 40,3%; melhoria na saúde 24,6% e reforma política 16,5%.
.           Sobre a atuação da presidenta Dilma, somente 30,7% consideram negativamente, enquanto 64,9% não consideram negativa (ótima, boa e regular).
.           Por outro lado, o plebiscito é desejo de 67,9 % da população brasileira. E somente 29,1% o questionaram.
.              É preciso ficar atento, pois a manipulação de dados pela direita, empresários e mídia é exponencial. E quanto mais aproximar o período eleitoral maior deverá a perda de escrúpulos dos empresários, da direita e da famigerada mídia brasileira.
NA PESQUISA HÁ AINDA MAIS DADOS FAVORÁVEIS À NÓS DA ESQUERDA, 
TEM LÁ NO SITE DA CNT 


Se quiser ler ou baixar: https://t.co/MAi093LAOP

terça-feira, 21 de maio de 2013

REFORMA POLÍTICA: POR QUÊ DAS LISTAS PRÉ-ORDENADAS PELAS LEGENDAS?



HUDSON CUNHA
            Uma das questões centrais da Reforma Política, que, inclusive, rachou vários partidos no Congresso Nacional , quando de sua votação, na preliminar da Reforma Política,  foram as listas pré-ordenadas, escolhidas em prévias partidárias, por voto secreto,  e precedidas de debates democráticos.
            Estas listas assegurarão um quadro eleitoral mais ideológico, cuja visão política da legenda  e programática será mais destacada do que as candidaturas personalísticas em si. E, ainda, é uma proposta que tende a fortalecer os partidos políticos na cena política, superando até o quadro que permite até a análise mais superficial dizer que “temos partidos de mentirinha”.
            Logicamente, que tal proposta não é simples acatamento a listas de cúpulas partidárias, mas -  como proposto - as listas devem decorrer de prévias democráticas, com voto secreto,  nos partidos políticos onde se abrirá oportunidades de representativamente serem escolhidos os nomes que comporão as listas partidárias. É uma sistemática que fortalecerá  a democracia e a estruturas partidárias, e, inclusive,  dará um poder maior de decisão aos militantes partidários.
             É certo que com a nova sistemática se adotará um fortalecimento dos partidos políticos, da relação destes com os eleitores e, ainda, a questão partidária e  programática estará mais na ordem do dia das eleições que se realizarem.
            Tal forma democrática de escolha, certamente, contribuirá para uma relação mais sadia dos eleitores com o legislativo do qual exigirão mais o cumprimento programático do que a simples presença de parlamentares em sessões.
            Mas, hoje, não encontramos tal  sistemática, pelo contrário, adota-se a lista aberta, em que o voto ocorre em personalismos e não em propostas políticas e nem em legenda política Fontana alerta que o sistema atual é tão tênue a ligação do eleitor com a disputa de idéias e fraca a adesão a programas políticos, que – até  - com as próprias pessoas dos candidatos que 80% dos eleitores esquecem em poucos meses em que votaram. E que a  sistemática atual reflete na própria relação popular de “distanciamento com o Legislativo, já que ele não se reconhece ali, enxergando os políticos longe dos interesses reais da população”.
            Na lista pré-ordenada, também, na seqüência será assegurado a exigência de que em cada três candidato do gênero diferente, ou seja, dois homens e uma mulher; ou duas mulheres e um homem, o que democratiza mais o processo político onde hoje na Câmara dos Deputados nem ___10% são mulheres. E corrige uma distorção, como disse o Presidente do PT, Rui Falcão, “corrigindo uma grave distorção: elas são maioria na sociedade, mas têm presença ainda irrisória na política.     
            Os argumentos contrários a existência das listas pré-ordenadas, democraticamente definidas, não são consistentes,  Afirmam que assim estaria quebrando a liberdade de o eleitor votar em quem quer, que a lista em partidos políticos é impessoal, e que as questões programáticas tornariam as campanhas eleitorais mais disputadas. 
.              Os partidos políticos não mais fariam, também, as coligações, nas quais comumente o eleitor vota no candidato de um partido e elege o de outro.
           Hoje, os partidos políticos já fazem uma lista pré-ordenada aberta, quando, por suas convenções, escolhem aqueles que serão candidatos, os quais – muitas vezes - fazem campanhas milionárias, sem compromissos programáticos. Afirmar que hoje é mais democrático não é uma verdade, pois além de não haver critérios seguros, as listas abertas podem ser definidas arbitrariamente por cúpulas partidárias.
             O que com a proposta irá mais fundo, pois se pretende a obtenção de listas pré-ordenadas democraticamente definidas no calor dos debates e do escrutínio  secreto. E que será apresentada com o programa partidário.
            Ora, justamente o que se pretende é dar ao eleitor oportunidade de  debater a política em alto nível, e, quanto mais elevado o debate político mais este se volta para a questão programática, para a disputa eleitoral sadia, onde por mais que seja contraditórias as proposta no confronto entre elas é que o eleitor terá condições de votar em alternativas democrática para a realidade local e brasileira.
            Portanto, após uma reflexão sincera, optei por defender a lista pré-ordenada, programática e democraticamente definida, no seio dos partidos políticos a serem submetidas ao veredito popular.