sábado, 29 de dezembro de 2012

2013: UMA PREVISÃO OTIMISTA É POSSÍVEL, APESAR DE APARENTES RESULTADOS NEGATIVOS.



Hudson Cunha
                Os oposicionistas e muitos economistas “críticos e conservadores” já festejam o reduzido PIB alcançado este ano de 2012; e, fazem previsões pessimistas para o ano de 2013. Mas, em nossa ótica – até meados do próximo ano -  ficarão em uma situação tão constrangedora que alguns deles, os poucos com mais dignidade, chegarão a pedir desculpas pelo açodamento de afirmar que o crescimento da economia seria impossível e que a indústria continuaria amargando durante o Governo Dilma Rousseff.
                Primeiro, é fato de que a política não é estática, nem o Governo Dilma Rousseff negou a necessidade de desenvolver o País, pelo contrário, reafirma a intenção de ser desenvolvimentista.
                Segundo, - no contexto  internacional – já se prenuncia uma melhor  condição econômica, mas, que pode se tornar  um ponto de apoio positivo para o Governo Dilma Rousseff, que não aparece no contexto das análises de muitos do "adivinhos" de péssimos momentos do Governo Dilma Rousseff.
                No entanto, nos últimos dois anos, em uma conjuntura internacional adversa, não foi possível se alcançar os índices esperados, pois a flexibilidade da conjuntura surpreendeu principalmente com a inesperada adoção de políticas contracionista por parceiros econômicos, inclusive da Europa.
                As razões para confiar que estas cassandras fracassarão são diversas.
                A começar pelos investimentos do Programa de Aceleração do Desenvolvimento, se até setembro de 2012, foram aplicados de 385 bilhões de reais, no próximo período até fins de 2014, a previsão é de mais 615 bilhões (um trilhão no total): um número significativo e crescente de investimentos, os quais sem dúvida terão reflexos positivos na economia nacional, inclusive no PIB.
                Mas, as metas de crescimento do Produto Interno Bruto, de elevar programaticamente os investimentos (como no caso do PAC), reanimar a indústria nacional (redução de encargos, baixa nas contas de luz, etc), de adoção de uma política cambial sob controle, e, ainda, a ofensiva na redução de juros (tanto da taxa selic, como dos empréstimos em geral) e ainda com a criação de bases infraestruturais (como ampliação, duplicação e construção da malha viária),  modernização, expansão de  aeroportos e portos num contexto de assegurar a elevação do padrão de vida dos segmentos populares e médios, com programas como Minha Casa, Minha Vida, Brasil,  Pronatec, FIES,  Ciência sem Fronteiras,   foram e são metas  que, em momento algum, deixaram de estar entre as prioridades do governo em 2012.
                Houve um crescendo da atenção do Governo em relação ao cenário econômico, o que pode ser constatado inclusive com as numerosas manifestações e interações esclarecedoras dos ministros da área econômica e da própria presidenta Dilma Vana Rousseff. Tais indicadores anunciam uma tendência a ser mais equacionado o nível de desenvolvimento para os próximos dois anos, com a tendência a inserção de incentivos mais diretos ao setor exportador sincronizados com a política de consolidação e crescimento significativo da indústria nacional.
                Certamente que, para tanto, o leque de parceiros internacionais, com regras cada vez mais precisas, deverá ser consolidado e ampliado, com reflexos seguros na indústria que tende a  ganhar um fôlego em 2013.
                Quanto ao câmbio, necessário de faz notar que o Governo continuará focando em uma gradativa flexibilidade positiva, mas impulsionada por metas governamentais mais diretas e setorizadas, em especial para indústria nacional.
                Já, a inflação, sempre vista com vilã, passará a ser encarada em sua essência de parte do mecanismo econômico, com necessidades de elevação dependendo da política adotada, que em períodos de desenvolvimento têm tendência altista.
                Por sua vez, a balança comercial continuará ser encarada em sua dimensão correlacionada com a política exterior, onde o Brasil, agora mais do que nunca, deve preocupar com superávits e com a ampliação do leque de parceiros, bem como com o volume de transações internacionais.
                O PIB, por fim, deverá ser administrado – no contexto das políticas econômicas -   com a prioridade na política de programação de investimento do PAC.
                Até, nos Esportes, com a aplicação na infraestrutura dos estádios e demais aparatos de recepção, o Brasil alcançará novo patamar para prática e eventos esportivos.
                O único desafio que resta ao Governo é a ousadia de manter o foco, na inflação, no cambio, no PIB (com prioridade na indústria)  e na balança comercial, sem esquecer da elevação do padrão de vida dos povos necessitados e médios, numa democratização política e organização sociais  crescentes, tendo em vista que justamente os segmentos organizados da sociedade cobrarão um sentido desenvolvimentista e voltado para valorização do salário e do emprego.
                Quanto aos índices possíveis, a previsão aqui também distingue de outras apresentadas, pois, ainda que o  controle inflacionário continue a ser mantido como prioridade, mas, sem entraves que atingem a indústria e a criação de empregos, por isso, não será de nada surpreendente que, em 2013, ocorra uma inflação superior a dos anos anteriores, alcançando entre 6 e 8% e um cambio que tenderá a ter uma variação anual próxima a 20%, sem representar um perigo de descontrole da economia, dado que  resultados negativos  (inflacionário e cambial) tendem a ser superados pela política de crescimento econômicos em índices que superam os anos anteriores, pois, será entre 5,5 a 8%,  com entusiasmos que poderia ser de dois dígitos, mas – no final do ano – certamente, tenderá a haver a necessária  contenção cambial e  redução do impulso da favorável balança comercial, dado que os resultados alcançados com a  balança comercial favorável, em cerca de 35 bilhões anual se consolidará.  
                E, com condições de criação de emprego e de elevação de renda, mais favorecidas, haverá inflexões de programas sociais do Governo para criação de condições de colocação de muitos dos beneficiados por políticas de transferência de renda em empregos formais e com rendas compensadoras.